Foto: Natália Venturini (Diário)
Rua Josué Guimarães é de chão batido e está cheia de buracos
Os moradores dos Residenciais Monte Bello 1, 2 e 3, em Camobi, enfrentam grandes problemas quando precisam sair de casa. Falta pavimentação, e a maioria das vias dos residenciais de números 1 e 2 é de chão batido e acumula muitos buracos. Entre as piores, está a Rua Josué Guimarães que, além dos buracos, também conta com bueiros entupidos e uma central de tratamento da Companhia de Saneamento Básico, a Corsan, que, em dias de muito calor, segundo os moradores, exala um cheiro forte de esgoto. Além disso, os bueiros da mesma rua, conforme a vizinhança, vivem entupidos, e são os vizinhos que limpam as estruturas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os buracos
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que a manutenção é realizada regularmente no bairro, mas não informou quando será a próxima
O QUE DIZ A CORSAN
Até o fechamento desta edição, a Companhia Riograndense de Saneamento não havia retornado o e-mail com questionamentos sobre o bueiro entupido da Rua Josué Guimarães e nem sobre a limpeza da central de tratamento.
Sobram problemas e falta manutenção no Bairro São José
- A gente precisa ficar com a casa toda fechada, não dá nem para sentar lá fora e tomar um chimarrão, já que não se aguenta o fedor de esgoto - reclama a moradora e autônoma Fabiana Reinstein Silva, 31 anos.
Ela mora desde 2009 no Residencial Monte Belo 1 e é presidente da Associação de Moradores do local. A autônoma diz, ainda, que os buracos nas ruas pioram em dias de chuva. Além disso, segundo ela, que os órgãos públicos apenas patrolam as ruas do residencial.
O QUE DIZ A EMPRESA DE CONSTRUÇÃO Sobre a falta de pavimentação
Conforme o engenheiro responsável Milton Kohlrausch, da BK Construções, à época, o projeto do residencial foi aprovado e financiado pela Caixa Econômica Federal e também pela prefeitura da cidade. No projeto não tinha a pavimentação do local, conforme o que consta no artigo 96, parágrafo 1, da Lei do Uso do Solo do Município de Santa Maria, que dispensa o revestimento da pavimentação para loteamentos de interesse social. Segundo o engenheiro, optou-se por não asfaltar por ser mais barato para que a população pudesse comprar as casas.
Buracos e insegurança preocupam moradores do Bairro Camobi
De acordo com os moradores, o caminhão de lixo circula pelas ruas do bairro em alta velocidade, e isso causa preocupação, já que o serviço de recolhimento de lixo passa no início da noite, horário em que a maioria das crianças do bairro está brincando do lado de fora das casas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre caminhões de lixo
A Secretaria do Meio Ambiente diz que a empresa que faz a coleta será notificada.
- Eles (prefeitura) raramente vêm aqui no bairro fazer uma manutenção e, quando vêm, não colocam nem pedras para amenizar os buracos. Quando temos que fazer a manutenção do carro, precisamos tirar do próprio bolso. Nas nossas ruas não se pode andar mais do que 20km/h - lamenta ela, que reclama, ainda, da demora para que lâmpadas dos postes sejam trocadas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre as lâmpadas
Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos a manutenção da iluminação é feita mediante abertura de protocolo, pelo (55) 3222-0733 ou 3222-5037.
Foto: Natália Venturini (Diário)
Terreno em que deveria ficar a creche do programa proinfância está com vegetação alta e muito lixo acumulado
FALTA CRECHE
Outra reclamação dos moradores diz respeito à falta de creches no bairro. Mãe de um menino de 2 anos, Rosana Rocha Cezar, 31 anos, reside na Cohab Fernando Ferrari e reclama que a instituição chamada de Monte Bello não ficou pronta ainda.
- Estou cuidando em casa do meu pequeno. Mas tenho vizinhos que estão gastando com o transporte para poder levar os filhos na creche, porque precisam trabalhar. O dinheiro que está aí nesses materiais atirados no terreno da creche é nosso e não podemos nem usufruir. Para o meu marido, o mestre de obras disse, uma vez, que o material não estava adequado, mas não eles não viram isso antes de sair da fábrica? Isso deixa a gente triste - questionou Rosana.
Vizinhos do Bairro Juscelino Kubitschek sofrem com buracos e faltam de ônibus
No terreno onde a creche do programa ProInfância deveria estar funcionando, a vegetação está alta e existe muito lixo acumulado. Há poucos dias, os moradores dizem que o poder público retirou o resto de material que estava empilhado no local.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a creche
A Secretaria de Educação diz que, em março de 2018, um novo projeto do Programa ProInfância foi aprovado, e outro projeto estrutural está em andamento para novo processo licitatório. Não há prazo.
A prefeitura diz que foi aberto um processo de vistoria para avaliar a sujeira no terreno da creche e que, caso sejam identificados os descartes, os responsáveis serão autuados. Não foi informado prazo.
A vizinhança também diz que o transporte coletivo passa de hora em hora no residencial e que as paradas de ônibus estão em péssimas condições, já que muitas não têm abrigo e apenas uma placa indica o ponto.
Moradores do bairro Rosário convivem com assaltos a pedestres e estabelecimentos
- Os ônibus entram aqui no residencial e vão costurando as ruas, fazem voltas e mais voltas e, em muitas paradas, não embarca ninguém. Seria interessante que ele passasse só pela nossa rua principal e que tivesse mais horários para os moradores - analisa a técnica em assuntos educacionais e moradora Alessandra Alfaro Bastos, 35 anos.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o transporte coletivo
Segundo a Secretaria de Mobilidade urbana, os moradores podem pedir revisão de horários de linhas no Centro Administrativo (Rua Venâncio Aires, 2.277).
Ela também mora desde 2009 no local e reclama que, na área verde do bairro, os órgãos públicos não fizeram nenhuma revitalização, deixando o local com mato alto, lixo acumulado e sem condições para que os moradores possam aproveitar o espaço que deveria ser de lazer.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a área verde
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as áreas verdes não podem receber obras por serem de preservação.
Foto: Natália Venturini (Diário)
Área verde da Rua Josué Guimarães está com mato alto e muito lixo no terreno
SAÚDE E EDUCAÇÃO
Outra questão que incomoda a vizinhança diz respeito ao posto de saúde Walter Aita, que está sem pediatra e sem ginecologista, além de a infraestrutura ser bem precária, e as fichas serem distribuídas apenas em um dia na semana para marcação de consultas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o posto de saúde
A Secretaria de Saúde diz que está providenciando profissionais da área da pediatria para a UBS. Não foi informado prazo.
Ainda segundo a pasta, as consultas por agendamento e acolhimento são a partir de demanda espontânea.
Está bem difícil passar pelas ruas do Bairro Lorenzi
O Colégio Estadual Professora Edna May Cardoso também é alvo de reclamação dos moradores, que contam que a instituição tem infraestrutura precária, está sem o portão de entrada e enfrenta todos os dias a falta de professores. Além disso, conforme os moradores, a escola opera com menos da metade da capacidade de alunos, já que os pais não querem mais colocar os filhos na instituição.
A falta de placas com o nome das ruas e as sinalizações de trânsito também é gritante no residencial, além de não haver lixeiras para a coleta seletiva.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de placas
A Secretaria de Mobilidade Urbana diz que está fazendo nova licitação para colocar as placas com nomes de ruas. As placas de sinalização de trânsito serão vistoriadas.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a coleta seletiva
A Secretaria do Meio Ambiente informa que, no momento, o município não possui coleta seletiva, mas que a comunidade pode destinar o material a catadores.
Os moradores do bairro Tomazetti querem segurança
A vizinhança reclama que a pracinha infantil, localizada na Rua Victor Hugo, está com os brinquedos completamente enferrujados e alguns já estão caídos. As ruas do entorno da pracinha estão cheias de lixo e entulho acumulado.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a pracinha do Residencial Monte Bello 3
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a manutenção estaria sob responsabilidade da Associação dos Moradores.
Foto: Natália Venturini (Diário)
Pracinha infantil do Residencial Monte Bello 3 está com brinquedos completamente enferrujados e alguns já estão caídos
A vizinhança reclama, ainda, que a falta de água é constante no loteamento.
O QUE DIZ A CORSAN
Até o fechamento desta edição, a Companhia Riograndense de Saneamento não havia retornado o e-mail com questionamentos sobre a falta de água nos residenciais.